quinta-feira, 10 de abril de 2014

Não é só ensinar a andar...

E aí que ouço muitas mães dizerem que temem o fim da licença maternidade pois, ao se distanciarem um pouco de seus lindos babies, possivelmente perderão algumas etapas importantes, como por exemplo, os primeiros passos, as primeiras palavrinhas, etc.

Eu senti esse medo. E eu achava que era isso mesmo que deveria temer. E temi MUITO não estar presente quando a Fernanda se soltasse no mundo para dar os primeiros passinhos, ou que ela decidisse falar vovó, ao invés de mamãe! ui! rs!

Eu voltei a trabalhar quando a Nanda completou 4 meses e ainda assim eu vi nos olhinhos dela a realização e a insegurança do primeiro passo. Eu ouvi dela, com exclusividade, a primeira palavra concreta: MAMÃE!

Mas hoje eu percebo que, embora importantes, esses momentos são só o começo dos melhores e mais emocionantes momentos que vivenciamos com nossos filhos ao longo de toda a vida, seja com 10 meses, seja com 10 anos, 50 anos... Hoje sei o quanto é importante PRA MIM poder estar perto da minha filha em 80% das horas do meu dia, da minha vida. Hoje trabalho apenas meio período, por ela.

O primeiro passo dela jamais será esquecido. A primeira palavrinha jamais será esquecida... Assim como a primeira vez que sentou, a primeira vez que bateu palminhas, a primeira vez que rolou na cama, o primeiro tombo, a primeira gargalhada, o primeiro sorriso, o primeiro machucado, quando aprendeu a engatinhar, a primeira noite inteira de sono, o primeiro medo, o primeiro beijo estalado, o primeiro dia de escolinha, a primeira musiquinha, a primeira dancinha. E a vida está só começando. Muitas "primeiras vezes" acontecerão, e eu estarei com ela, sempre! Ou quase sempre... rs!

O importante não é apenas ensinar a andar. O que realmente importa é estar por perto em todos os passos...

Love you my girl!


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Meu pai!

Hoje fazem 2 meses que não converso com meu pai. Você já imaginou passar 2 meses sem falar com seu pai?

Após descobrirmos uma traição de 2 anos e outras tantas da vida toda, ele e minha mãe se separaram. Tentei perdoar e conviver. Ainda não era hora para meu coração se refazer e seguir adiante. Não deu.

Nossas conversar semanais via telefone, coisa do tipo: Oi, tudo bem? Tudo e vc? Td bem... E a Nanda? Td bem! Então tá bom, fica com Deus, tchau! Tchau! ... Já não me faziam bem. Me faziam mal, muito mal! Eu tinha tanta coisa pra dizer, mas sabia que seria em vão... Palavras ao vento!

Nossos encontros quinzenais, ou mensais, com duração máxima de 10 minutos, eram frustantes. A Nanda o estranhando, sem nem querer olhar direito na cara do próprio avô, e aquele mesmo diálogo acima se repetindo. E só! E eu só...

E assim resolvi dar um fim a esta tristeza toda que me consumia. Pedi para que ele não me ligasse mais, disse que eu precisava de um tempo, e que quando eu estivesse melhor o procuraria. Hoje vejo que fiz um favor a ele. Acredito que nossos telefonemas e encontros eram um "saco" pra ele. Ele não ligou mais. Mas poderia ligar para meu marido, né? Pra saber como estão a filha e a neta... Não! Nada! NADA! As visitas esporádicas continuam acontecendo para a minha avó, e nem nelas ele pergunta de mim, e nem da minha filha! Não querer saber de mim tudo bem, mas ignorar tanto assim minha filha? Dói!

Sabe que tenho com meu pai dois episódios que hoje me intrigam: Certa vez ele me disse que queria um neto. Eu devia ter uns 19 ou 20 anos e estava solteira! Eu lhe disse que primeiro precisava de um marido, ao que ele me respondeu que ele queria um neto, não um genro! Outra vez, depois de eu já estar casada ele disse a minha mãe que depois que ele tivesse um neto ele poderia morrer, de tão feliz. Cuidado! As palavras têm força...

Esse neto tão desejado tá aí! A Fernanda... Tão saudável, perfeita, esperta, cativante, encantadora. Tá ai... Uma Fernanda linda, que sorri para os velhinhos de "cabeça branca" na rua e diz vovô, e estranha o próprio avô! E cadê ele?! Acho que criança deve ser como os cachorrinhos, que sentem quem realmente gosta deles.

Hoje, olhando pra trás, vejo o tanto de amor que faltou no coração deste meu pai. Amor por mim, em alguns momentos, quando junto das traições à minha mãe ele me traia também, traia nossa família. Mas o que mais me dói, e dói mesmo, é a falta de amor com essa neta que ele desejou tanto quanto ignora.
Desde que a Nanda nasceu ele já estava com aquela tal outra mulher. Quase não parava na casa da minha mãe. Vinha para tomar banho, comer e dormir. Nos raros momentos em que coincidia de estamos juntos em casa ele mal olhava para Fernanda. Gastava no máximo 5 minutos fazendo um bilu-bilu pra ela. E sabe o que dói mais, mas dói mesmo?!?! Minha filha era apaixonada por ele! Fazia as gracinhas dela e dava gritinhos tentando chamar a atenção dele, em vão... Ele até olhava pra ela, mas não a enxergava. Só tinha olhos para a tal outra mulher.

Um dia pode até ser que meu coração sinta vontade de perdoá-lo pelo que ele me fez. Mas perdoar o que ele fez à minha mãe e à minha filha, não sei!

Mas como sempre devemos ver o lado bom da história, meu avô tem se incumbido de fazer o papel de avô-bisavô. E o faz com maestria! É o melhor avô que eu pude ter. É o melhor avô que a Nanda poderia ter! E temos minha mãe, a melhor avó do mundo! Nossa fortaleza! Eles agora são a paixão da vida da Nanda! Deus sabe de todas as coisas!! 
 Minha mãe brincando de casinha com a Nanda
 Vovó dando caqui!
 Meu avô, o super biso e avô!
 Vovó gata!
 Bagunça com o vô!
E mais bagunça!

Vou ali e já volto! rs!